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Polícia Civil realiza operação em caso relacionado ao Cruzeiro

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo realizaram, na última sexta-feira (1º), uma operação conjunta na sede da torcida organizada Mancha Alviverde (conhecida como Mancha Verde), localizada na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. A ação resultou na apreensão de computadores, documentos e máquinas de cartões bancários.

A operação foi desencadeada após a Justiça decretar a prisão de seis integrantes da organizada em decorrência do assassinato de um torcedor do Cruzeiro em uma emboscada que deixou 17 feridos. Entre os procurados estão o presidente da torcida, Jorge Luiz Sampaio, e o vice-presidente, Felipe Mattos dos Santos, além de outros quatro membros: Leandro Gomes dos Santos, Henrique Moreira Lelis, Neilo Ferreira e Silva (conhecido como Lagartixa) e Aurélio Andrade de Lima. Todos são considerados foragidos pela polícia de São Paulo.

Foto: Reprodução/Divulgação

Como consequência dos recentes confrontos, a Federação Paulista de Futebol (FPF) determinou a proibição de membros da Mancha Verde de comparecerem a jogos no estado de São Paulo utilizando qualquer indumentária ou objeto que identifique a torcida. A decisão segue em vigor sem prazo definido. Com a medida, os membros da Mancha Verde podem assistir aos jogos, mas não estão autorizados a portar faixas, camisas ou bandeiras que indiquem afiliação à organizada.

O ataque à torcida cruzeirense ocorreu em 27 de outubro, em um trecho da Rodovia Fernão Dias, próximo à cidade de Mairiporã (SP). Na ocasião, José Victor Miranda, torcedor do Cruzeiro, perdeu a vida. Ele estava entre os passageiros de um comboio de ônibus que retornava de Curitiba para Belo Horizonte após o jogo entre Cruzeiro e Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível observar membros da Mancha Verde atacando o grupo com barras de ferro e pedras, além de um dos ônibus incendiado e outro com vidros quebrados.

Em resposta às acusações, a Mancha Verde divulgou uma nota em que afirma não ter incentivado ou participado do ataque ao grupo de cruzeirenses. O comunicado foi emitido em 28 de outubro e ressaltou que a torcida não teria envolvimento no episódio.

De acordo com investigações preliminares, a emboscada realizada por membros da Mancha Verde teria sido uma retaliação a um episódio ocorrido em setembro de 2022, quando o presidente da organizada palmeirense foi alvo de uma emboscada promovida pela Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro. Na época, Jorge Luiz Sampaio foi agredido e teve seus pertences levados pelos cruzeirenses em um trecho da BR-381, próximo a Carmópolis de Minas (MG).

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