Jogo entre Inter e Cruzeiro está sendo anulado? Confira as mais quentinhas do cabuloso
O zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, não estará disponível para a partida contra o São Paulo, marcada para domingo (13), às 17h30 (de Brasília), no Morumbi, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Expulso ainda no primeiro tempo do duelo contra o Internacional, o defensor recebeu cartão vermelho após a arbitragem interpretar que ele tentou impedir uma “chance clara de gol”. Apesar da pressão da torcida e pedidos de anulação da partida, a CBF não atenderá à solicitação, e o resultado do jogo será mantido.
A expulsão ocorreu aos 20 minutos da etapa inicial. O cartão vermelho foi aplicado pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique (CE), decisão confirmada pela equipe do VAR e pela chefe da cabine, Daiane Muniz. Após análise do lance e da repercussão negativa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou por afastar temporariamente todos os envolvidos na decisão, incluindo o árbitro principal e os responsáveis pelo VAR.
Com o cartão vermelho mantido, Jonathan cumprirá suspensão automática no próximo compromisso do Cruzeiro. A diretoria do clube chegou a cogitar uma tentativa de reversão da punição, mas especialistas avaliam que a chance é pequena.
Expulsão de Jonathan Jesus pode ser anulada?
Marcelo Jucá, advogado especializado em Direito Desportivo e ex-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), afirmou que dificilmente o cartão será anulado. Segundo ele, o lance se enquadra como erro de fato, que não é passível de correção pela Justiça Desportiva.
“As decisões da equipe de arbitragem são definitivas e não passíveis de modificação pelos órgãos de justiça desportiva, ou seja, não são possíveis de ser alteradas de forma alguma. Existem apenas duas exceções: uma em caso de notório equívoco praticado pela equipe de arbitragem, e outra em caso de infração grave que tenha escapado da sua atenção. Com o VAR, essa segunda hipótese ficou um pouco afastada”, explicou Jucá.
Ele acrescentou que, apesar da possibilidade teórica de reversão, nunca viu um caso semelhante em que o cartão foi anulado. “Temos um notório equívoco aplicado pela arbitragem? Para saber se isso ocorreu, temos que entrar no erro da aplicação da regra ou do fato? Nunca vi na história em um caso análogo a esse o cartão ser anulado. Esse pode ser o primeiro? Pode. O regulamento permite, existem brechas no regulamento. Ou o regulamento pode dizer de forma categórica que não se retira o cartão, que é o que me parece”, completou.