Cruzeiro pagaria salário de Faraó para Roberto Firmino

O nome de Roberto Firmino voltou a agitar os bastidores do futebol internacional após sua iminente saída do Al-Ahli, da Arábia Saudita. O atacante brasileiro de 33 anos renegociou seu contrato com o clube árabe e tem saída prevista ao fim da temporada, em junho de 2025.
Diante disso, torcedores e parte da imprensa esportiva começam a especular possíveis destinos para o jogador, incluindo uma improvável chegada ao futebol brasileiro. No entanto, para clubes como o Cruzeiro, o fator financeiro representa um obstáculo quase intransponível.
Firmino recebe atualmente um salário anual de R$ 117,8 milhões, o que equivale a R$ 9,81 milhões por mês. Se quisesse vestir a camisa celeste, teria que aceitar uma redução drástica de vencimentos, para algo em torno de R$ 2,5 milhões mensais — patamar considerado o limite viável dentro da estrutura financeira atual do clube mineiro. Mesmo assim, esse valor ainda representaria uma das maiores remunerações da história do Cruzeiro.
A situação do atleta se tornou delicada após a chegada de Galeno, ex-Porto, ao Al-Ahli. Por conta do limite de estrangeiros no Campeonato Saudita, o clube precisou escolher um nome para ser retirado da lista de inscritos — e Firmino foi o sacrificado. A decisão, comum no futebol árabe, também afetou jogadores como Neymar, que em seu retorno de lesão foi inscrito apenas na Champions League Asiática, ficando de fora da liga local.
Com espaço limitado e sem perspectiva de minutos em campo, Firmino procurou a diretoria e acertou a redução de seu contrato. Desde o corte, ele publicou uma mensagem enigmática nas redes sociais, citando Mateus 5,44: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem…”, indicando incômodo com a decisão.
Estratégia do clube mineiro no mercado
Apesar do bom relacionamento que Firmino mantém com o Brasil, um retorno ao país neste momento esbarra na realidade orçamentária dos clubes. Para o Cruzeiro, que ainda busca equilíbrio financeiro após anos de crise, a contratação de um jogador com esse perfil financeiro exigiria uma engenharia complexa e fora do padrão atual do clube.
A diretoria celeste, embora ambiciosa no mercado, trabalha com pés no chão e foco em reforços com bom custo-benefício. Assim, mesmo que Firmino fosse oferecido, a diferença entre o desejo e a capacidade financeira mostra que, no momento, o atacante vive uma realidade distante da Toca da Raposa.