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Alexandre Mattos trocou atacante que era muito promissor

No futebol, uma troca mal feita pode ser como vender o ouro e receber areia. E foi mais ou menos assim que parte da torcida do Cruzeiro sentiu o último movimento de Alexandre Mattos no mercado. O CEO de futebol, que chegou cercado de expectativas, decidiu abrir mão de uma joia da base — o atacante Tevis — pra trazer um zagueiro que, até agora, mais esquenta banco do que resolve problema.

A justificativa? João Marcelo, titular da defesa, se machucou. O Cruzeiro então foi até o Athletico-PR e trouxe por empréstimo o paraguaio Mateo Gamarra. Em troca, mandou o jovem Tevis, de 19 anos, pro time rubro-negro. Um empréstimo com cara de adeus: se quiser, o Furacão pode comprar 70% dos direitos do garoto por 3 milhões de euros, uns R$ 19 milhões.

Mas aí veio o enredo que ninguém esperava — ou quase ninguém. Tevis chegou em Curitiba e não quis saber de adaptação lenta. Entrou em campo, correu, driblou, fez barulho. A torcida do Athletico curtiu. E não só ela: olheiros da Europa também. Ajax, Feyenoord e PSV já estão de olho. Parece que o menino da Toca cresceu e agora mira o Velho Continente.

Do outro lado, em Minas, Gamarra assiste tudo do banco. Se fosse novela, ele seria o coadjuvante que mal aparece no roteiro. O torcedor olha pro campo, olha pro banco, e solta aquele clássico “ué, cadê o Gamarra?”. Enquanto isso, cada jogada do Tevis vira um espinho cravado no orgulho da direção celeste.

Mattos fez negociação que desagradou à torcida

Claro, o Cruzeiro ainda tem 30% dos direitos do atacante. Se ele for vendido, entra um troco no caixa. Mas, pra quem viu o garoto nascer na base, vestir a camisa e sonhar em brilhar no Mineirão, isso soa mais como prêmio de consolação.

É como dar um passarinho pro vizinho e vê-lo voar alto, enquanto o galinheiro aqui continua vazio. No fim das contas, a troca virou símbolo de uma gestão que aposta alto — mas, às vezes, esquece de olhar pro que já tem em casa. E nisso, a conta vem, como um eco no vestiário vazio: “será que valia mesmo a pena?”

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