Cruzeiro resolve mandar a real e retruca Ronaldo Fenômeno
Ex-jogador perdeu apoio por decisões

Acionista da SAF do Cruzeiro entre os anos de 2022 e 2024, Ronaldo Fenômeno decidiu rasgar o verbo sobre ações nos bastidores do clube mineiro. Em entrevista cedida ao Charla Podcast, o ídolo da Seleção Brasileira confirmou que os próprios conselheiros prejudicavam o faturamento da instituição. Além disso, causou revolta nos torcedores ao disparar sobre a carga de ingressos gratuitos distribuídos.
Gerindo o Cruzeiro diante de oscilações dentro e fora de campo, Ronaldo se despediu do clube após repassar 90% das ações da SAF a Pedrinho Lourenço, em 2024. No entanto, optou por explicar a motivação por seu trabalho ter sido visto de forma descredibilizada. Segundo ele, as regalias a conselheiros foram cortadas, ocasionando na perda de apoio.
“Cada conselheiro tinha 50 camisas que a gente tinha que dar. Começava o ano, e o Cruzeiro devia R$ 2 milhões em camisas para a adidas. São 350 conselheiros, cada um pedindo 50 camisas… mandei cortar presente de conselheiro. No máximo, o que a gente podia tentar, era preço de custo, com o conselheiro pagando”, iniciou o ex-mandatário.
Jogando tudo no ventilador, o ex-jogador da Seleção Brasileira ainda foi enfático ao colocar as torcidas organizadas no meio das despesas. Segundo Ronaldo Fenômeno, os adeptos em questão tinham direito a 20 mil ingressos por jogo, sendo eles de forma gratuita. Para o orçamento do Cruzeiro, a façanha levava os gastos à estaca zero mesmo com a comercialização das demais entradas.
“Abrindo as gavetas, cada vez saía um absurdo. Jogo do Mineirão já partia de menos 20 mil ingressos que tinham que ir para a Máfia Azul, gratuitamente. Eles vendiam para turma deles lá, a torcida monetizava. Só que chego e já corto. Os caras estavam me adorando. Uma semana depois já estão me odiando”, desabafou R9.
Cruzeiro desmente Ronaldo
Tomando conhecimento das declarações públicas do antigo acionista do Cabuloso, o presidente da associação do Cruzeiro, Lidson Potsch, e presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Sifuentes, lançaram nota desmentindo Ronaldo. Em suma, os dirigentes confirmaram que as declarações do ídolo da Seleção Brasileira são inverídicas.
“As determinadas afirmações não correspondem à realidade. A suposta distribuição massiva e recorrente de ingressos e camisas, nos moldes apontados, não encontra respaldo em registros contábeis, documentos internos ou qualquer elemento de prova”, diz disparada após atrito causado por Ronaldo Fenômeno.