Cruzeiro mal desembarcou na Argentina e já foi alvo de racismo dos argentinos

A Conmebol, em parceria com todos os clubes, exigiu campanhas contra o racismo para que as competições sul-americanas sirvam de exemplo no combate ao racismo. No entanto, antes mesmo de encarar o Unión de Santa Fe, da Argentina, pela Copa Sul-Americana, o Cruzeiro foi vítima de discriminação racial por alguns torcedores locais.
Através de suas redes sociais, o Unión de Santa Fe divulgou uma campanha pedindo a extinção das práticas racistas nas arquibancadas. Todavia, os comentários da postagem foram inundados por frases preconceituosas contra os jogadores do Cruzeiro. Tudo começou com uma pessoa questionando: “E agora, o que faço com as bananas que comprei?”.
Nesse ínterim, um adepto do Cruzeiro deixou a imagem de Lucas Romero comemorando um gol. Por sua vez, os torcedores do Unión responderam com emojis de banana e de macacos. Potencializando o racismo escancarado, um outro homem disparou: “Não me importam os negros, ganhem”. Outro ironizou: “No primeiro toque de Gabigol, o menor insulto será (emoji de gorila)”.
Apesar da gravidade das ações, a equipe Argentina não se posicionou sobre o ocorrido. Isso porque os clubes brasileiros são vítimas frequentes de práticas discriminatórias em competições sul-americanas e até mesmo em países europeus. Ao que tudo indica, o Cruzeiro entrará em campo nesta terça-feira (1º), reforçando a necessidade de lutar contra o racismo.
Cruzeiro ganha representante na luta contra o racismo
Depois de remover sua candidatura ao cargo de presidente da CBF, Ronaldo Fenômeno decidiu se aventurar em uma causa nobre. Diante do crescente número de práticas racistas, o ex-jogador de futebol aceitou ser o porta-voz do Brasil diante da Conmebol. O craque fará parte de uma cúpula para exigir punições mais severas em casos de racismo, discriminação e violência no futebol da América do Sul.
“Sua missão será elaborar políticas eficazes e estabelecer mecanismos de prevenção e sanção que contribuam para erradicar esses comportamentos que afetam tanto o esporte quanto a sociedade”, diz o comunicado da Conmebol, reintegrando seu objetivo em tornar o futebol sul-americano mais familiar entre os países.