A goleada sofrida pela Seleção Brasileira diante da Argentina por 4 a 1 no Monumental de Núñez aumentou a pressão sobre o técnico Dorival Júnior. O treinador se despede desta Data FIFA, já que a Seleção Brasileira só volta a campo em junho. A atuação e o resultado intensificaram os questionamentos dentro da CBF, onde o debate sobre uma possível troca de comando ganha força.
O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que havia cogitado Carlo Ancelotti para o cargo no início do ciclo, volta a considerar o italiano como uma alternativa. No entanto, a participação de possíveis candidatos no Mundial de Clubes, entre junho e julho, levanta dúvidas sobre o momento mais adequado para uma eventual decisão.
A relação entre Ednaldo e Dorival nunca foi próxima e se distanciou ainda mais nos últimos dias. A discussão sobre mudanças no organograma da CBF já vinha ocorrendo, especialmente após os empates contra Venezuela e Uruguai em novembro. A data FIFA de março era vista como determinante para a avaliação do trabalho do treinador, e o resultado contra a Argentina tornou a situação ainda mais incerta.
Pressão sobre Dorival atinge maior nível
Antes do clássico, Ednaldo focou nas questões políticas da CBF, garantindo sua reeleição até 2030. Durante os jogos recentes, o presidente adotou postura cautelosa ao ser questionado sobre a comissão técnica, afirmando que a entidade disponibiliza todas as condições necessárias, mas que os resultados em campo estão fora de seu controle.
Após a derrota, Ednaldo evitou a imprensa e adiou pronunciamentos. Nos bastidores, nomes para uma eventual substituição são discutidos, incluindo Ancelotti, mas a definição pode depender da agenda dos candidatos e de novos desdobramentos nos próximos meses.
