Dudu foi vítima de gramado sintético e sofreu lesão grave absurda
Atacante causou polêmica com declarações

Eternizado na história do Palmeiras, Dudu decidiu rumar em direção ao Cruzeiro no início da atual temporada. A decisão não agradou os palmeirenses, principalmente após o atacante se posicionar publicamente contra o gramado sintético. Isso porque enquanto esteve no Verdão, sofreu grave lesão atuando no Allianz Parque.
No final da temporada 2023, Dudu foi acometido por uma lesão da rótula dos ligamentos cruzados. Como resultado da gravidade do problema, o experiente jogador ficou fora dos gramados por 291 dias, motivo que prejudicou o planejamento do Palmeiras. Ao retomar aos trabalhos sob o comando de Abel Ferreira, o cria do Cruzeiro não conseguiu se recuperar fisicamente ao passo dos demais companheiros de equipe.
Nesta quarta-feira (26), Dudu concedeu entrevista coletiva e rasgou o verbo sobre a utilização do gramado sintético no Brasil. Embora tenha utilizado por muito tempo a grama em questão, o atacante afirmou que a propensão de lesão é ainda maior que nos tapetes naturais. Segundo ele, apenas os mandantes são beneficiados com a escolha do artefato.
“Depois que eu machuquei meu joelho, achei que a grama sintética, para mim, teve um pouco de ajuda para isso acontecer. Mas, infelizmente, os times que utilizam a grama sintética vão falar que não atrapalha, que não tem nada a ver. Tem a ver. Eu joguei na grama sintética por muito tempo”, explicou o jogador de 33 anos que possui contrato com o Cruzeiro até 2027.
Dudu não tem créditos com a CBF
Apesar da fala do centroavante e tantos outros jogadores sobre o gramado sintético ter sido evidenciada, a CBF confirmou que não há nada a ser feito diante da proibição. De modo geral, estádios como Nilton Santos, Allianz Parque e Arena da Baixada possuem o selo de qualidade da FIFA, garantindo assim o uso do tapete artificial em suas respectivas casas.
“Hoje os clubes têm voz e independência no seu livre pensar. A CBF não tem participação ali (Comissão Nacional de Clubes). Nós fazemos questão de não ter essa participação. A não ser que sejamos chamados para dar alguma contribuição técnica ou jurídica. Exatamente para eles terem essa independência de decidirem o que é melhor para a maioria. A CBF sempre vai respeitar, também obedecendo todo um processo de leis ou de regimentos que possam amparar”, disse o presidente Ednaldo Rodrigues.