O técnico Fernando Diniz falou, pela primeira vez, sobre sua saída do Cruzeiro. Em entrevista ao Charla Podcast, ele afirmou que seu trabalho na equipe não teve um momento de “brilhantismo”, algo que considera atípico em sua trajetória.
“Não que o Cruzeiro tenha sido brilhante. O Cruzeiro não teve nenhum momento de brilhantismo, algo que sempre aconteceu na minha carreira. Todo time que eu chego, em um momento, ganha cinco jogos seguidos, ganha de 6 a 0. O Flu ganhou de 10 do Oriente Petrolero. No Cruzeiro não aconteceu, não sei o porquê”, disse Diniz.
O treinador destacou que o jogo contra o Athletic, pela temporada 2024, foi determinante para a mudança de clima e, consequentemente, sua demissão. “Teve um jogo ruim contra o Athletic, que é um bom time, está na Série B. O normal era ganhar, mas é um tropeço como todo mundo vai ter. Esse jogo contaminou o ambiente para sábado. De uma semana para a outra, teve o desligamento.”
No comando do Cruzeiro, Diniz dirigiu a equipe em 20 partidas, conquistando quatro vitórias, nove empates e sofrendo sete derrotas. O aproveitamento foi de 35%. Segundo ele, o time não conseguiu ter uma sequência de grandes resultados, algo que ocorreu em outros trabalhos de sua carreira.
Cruzeiro quase contratou Luciano
Diniz também revelou que o Cruzeiro esteve próximo de contratar o atacante Luciano, do São Paulo. “Teve para ir para o Cruzeiro agora. Luciano é um cara diferente. Um cara muito bom.”
Sobre sua relação com os jogadores, o técnico destacou a proximidade com Matheus Pereira, a quem descreveu como um atleta com grande capacidade técnica. “O Matheus Pereira é um cracaço. O Matheus precisa ser olhado com carinho. Mas é um cara que tem talento absurdo. Jogador extremamente diferente. Me dei muito bem com ele desde o começo. Matheus é bastante sofrido pela vida. É um cara pensador. Não é cara porra louca. Ele pode desequilibrar qualquer jogo. É um jogador diferente, jogador raro. Ele é muito talentoso.”
Diniz também mencionou Gabigol e Dudu, reforços contratados pelo Cruzeiro, considerando que ambos agregaram visibilidade e qualidade ao time. “Diferente, um cara especial. Se o Cruzeiro não contratasse, não teria mais da metade da mídia. O Dudu também. Foram dois grandes personagens do futebol brasileiro que o Cruzeiro contratou.”
Além disso, o treinador elogiou Cássio, goleiro do Corinthians, afirmando que ele pode ser considerado o maior ídolo da história do clube paulista. “O Cássio é gigante. Talvez maior ídolo da história do Corinthians.”
