Funcionário ostentou dinheiro da CBF em hotéis de luxo com a família
Uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em dezembro do ano passado mostrou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) arcou com as despesas de familiares do presidente Ednaldo Rodrigues em viagens, compras de passagens aéreas e hospedagem de hotéis de luxo. A publicação alega que pelo menos sete parentes do dirigente foram beneficiados.
Mostrando uma série de notas fiscais para comprovar a veracidade da reportagem, a Folha de S.Paulo contou que a filha de Ednaldo, Rafaela Brandt, teve o maior valor registrado. Ela gastou R$ 54.374 em hospedagens no Grand Hyatt Rio, entre janeiro e fevereiro, e na unidade do hotel em São Paulo, em julho e agosto.
A filha do dirigente também teve paga pela CBF uma viagem de Salvador ao Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro, véspera do Carnaval, no valor de R$ 2.406. Neste mesmo período, o marido de Rafaela, Gabriel Brandt, e os dois filhos do casal estiveram na mesma viagem. O mesmo aconteceu com Rita Galvão, mulher de Ednaldo, e Taise Galvão, cunhada do presidente.
CBF bancou viagens de familiares de Ednaldo Rodrigues
“O Painel procurou a assessoria de imprensa da CBF na terça-feira (12), que disse não poder mais falar sobre os atos de Ednaldo, uma vez que ele está afastado da entidade. O advogado Pedro Trengrouse, que defendia os interesses dele no cargo, deu a mesma explicação para não se manifestar. O próprio Ednaldo foi procurado, mas não respondeu aos contatos do Painel”, escreveu a reportagem na época.
Em novembro do ano passado, Ednaldo Rodrigues comentou sobre a reportagem e explicou a questão das notas fiscais. Seundo ele, ‘houve um erro da agência de viagem que fez as reservas, e que o valor pago indevidamente foi transformado em crédito para a entidade’.